A pedido do G1, W. Veríssimo criou sugestão de fantasia para a festa.
Artista plástico de Franca (SP) estima já ter feito 2 mil pinturas em modelos.
W. Veríssimo, de Franca (SP), é conhecido por transformar modelos famosos em telas para suas pinturas. Recordista por esta marca - estimada por ele em mais de dois mil trabalhos, o artista plástico de 49 anos é figura garantida nos bastidores dos desfiles das escolas de samba do Anhembi, em São Paulo, e da Sapucaí, no Rio de Janeiro, além de já ter participado do Brazilian Carnival Ball, evento fora de época realizado anualmente no Canadá.
A pedido da reportagem do G1, Veríssimo produziu na pele do modelo Caio Urban, de 26 anos, uma sugestão de “fantasia” para o carnaval. Em três horas dentro de seu ateliê em Franca, ele reproduziu, risco a risco, bandeiras do Brasil estilizadas, para deixar o folião no clima da Copa do Mundo 2014.
Questionado se iria assim para o carnaval, Urban, que serve de “tela” para as pinturas de Veríssimo há seis anos em eventos e na televisão, responde que sim. “Eu me sinto vestido com uma obra de arte. Essa pintura teve muitos detalhes e deixou o corpo mais exposto. Mesmo assim, me sinto muito vestido”, garante.
Já Veríssimo fica na dúvida, mas não exatamente pela qualidade do trabalho. “Eu pintado, só se fosse da cintura pira cima”, brinca o artista plástico, alegando que o condicionamento físico ajuda no resultado. Apesar disso, ele defende que os mais gordinhos não devem ter vergonha de arriscar. “Acho que não tem que ter esse preconceito. Dá pra fazer de tudo. Mulheres, homens, gordo, magro.”
Embora mais fácil do que em um corpo feminino - as mulheres se mexem mais do que os homens enquanto são pintadas, segundo Veríssimo - a pintura em homens também demanda seus sacrifícios a serem tomados horas antes da pintura. Urban diz que, no dia em que serviu de base para a criação de Veríssimo, tomou pouca água e comeu apenas alimentos leves desde que acordou para não ir ao banheiro a todo o momento. “Depois que se coloca o tapa-sexo não dá para tirar mais”, explica.
O modelo também se depilou totalmente no dia anterior à sessão e não utilizou nenhum tipo de creme para a pele. A textura dos pelos atrapalha, assim como qualquer oleosidade, que não deixa a tinta se afixar na pele.
Não bastassem os preparativos, até que se chegue ao resultado final da fantasia lá se vão mais três horas de pintura. Tempo em que o modelo deve ficar parado, longe do celular e do espelho, enquanto Veríssimo mistura os tons e traça os desenhos. Depois da tinta seca, ainda vem o acabamento com brilho. Para marcar registrar a obra de arte, Veríssimo ainda deixa sua assinatura. “Trabalhei muito as cores e o movimento. Carnaval é movimento, é cor, é brilho. Quando posso deixar fluir meu trabalho ele sai melhor”, relata o artista plástico, satisfeito com mais uma criação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário